"Xuxa, rainha; Sasha, princesinha". Durante muito tempo essa música foi cantada pelos fãs da apresentadora, a Majestade dos baixinhos. Hoje, a princesinha não tem nada de baixinha. Com 1,77m de altura, saca para o sucesso como levantadora no vôlei. Prestes a completar 13 anos, a menina treina três vezes por semana no Flamengo e cinco com a seleção carioca, categoria mirim.
De corpo esguio, Sasha faz o tipo modelo, mas optou pelo figurino de jogadora de vôlei. Prende o longo cabelo louro com elástico roxo, usa short curto azul-marinho, camiseta cinza larga, caneleiras pretas, meias longas brancas e tênis Mizuno número 38. A garrafinha azul-bebê não sai de perto, assim como a babá Maria do Socorro e dois seguranças à paisana.
— Ela tem muito potencial. É determinada em quadra e ajuda muito as demais companheiras. Fiquei até nervoso quando a Xuxa veio falar sobre ela no primeiro dia. Mas é uma garota de ouro — diz o técnico da seleção carioca, Walner dos Santos.
Nos treinos, a menina se incomoda com as fotos e vídeos que gravam seus movimentos. Sasha não gosta de ser tratada como filha de estrela e suas atitudes deixam isso claro. Balança a cabeça, se esconde entre as outras atletas e encara sempre como ar de desaprovação.
— Ela é uma criança como as outras. Não gosta de ser tratada de modo diferente. Deixa de treinar uma jogada para dar a bola a uma colega. É humilde e pensa no grupo — afirma o técnico do Flamengo, Josimar Reis, que treina Sasha há um ano. — Ela é titular da equipe desde o início do ano. Conquistou a vaga com empenho, não foi dada porque é filha da Xuxa.
Além de disputar o Estadual com o Rubro-Negro, Sasha estará na Copa Brasil com a seleção do Rio, de 26 a 30 de julho, em Três Rios. Lá, o saque ainda desajeitado, de mão canhota, e o bloqueio certeiro da moleca dirão aos poucos se a princesinha pode virar uma atleta campeã.
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